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Sabedoria de Salomão

Sabedoria de Salomão

Quase 3000 anos depois de tornar-se rei do povo judeu, Salomão ainda é famoso por sua sabedoria. A Bíblia nos conta que o jovem filho de Davi ficou preocupado diante da responsabilidade de tornar-se o rei do povo judeu, e teve uma experiência de revelação divina num sonho, num diálogo com Deus que prometeu conceder-lhe tudo que pedisse: Pede o que desejas, que eu te darei.

Salomão falou que era jovem demais para saber governar, e pediu um coração compassivo, capaz de governar o povo e discernir entre o bem e o mal.

Ao pedido de Salomão por Sabedoria para praticar a justiça, Deus respondeu com a promessa de dar-lhe um coração sábio e inteligente, com parabéns por ter pedido isso, e não vida longa com riquezas e vitórias sobre seus inimigos.

Será que toda sabedoria de Salomão foi resultado de uma intervenção direta de Deus? É claro que sua sabedoria foi um dom de Deus, pelo menos assim como tudo que temos é dom de Deus. O fato de ter pedido sabedoria para fazer um bom governo é sinal que já sabia pedir a coisa mais importante para sua missão de governo, a capacidade de distinguir entre o bem e o mal.

Seria tolice considerar a desigualdade das capacidades físicas e intelectuais como injustiça. Nossa vida é o que nós mesmos fazemos com ela, com os talentos que recebemos. Uns realizam muito com pouco. Outros fazem pouco com muito. Na realidade, todos ficamos aquém das nossas capacidades. Muitos chegam a usar seus talentos para o mal, em vez de colaborar na construção de um mundo melhor.

Se você achar que Deus deveria impedir que alguém fizesse estragos na sua obra, procure entender que somos solidários na convivência e na construção do futuro da nossa morada comum. Estamos todos no mesmo barco, que é bem construído. O sucesso da viagem depende de todos.

Saber discernir entre a verdade e o erro, entre o bem e o mal é o fundamento de uma vida humana madura. Saber o que é para fazer e o que é para evitar é a primeira condição para fazer o bem e evitar o mal. Tal conhecimento nos é oferecido pela revelação divina registrada na Bíblia.

Acontece que a mentalidade deste século não quer saber de uma religião do certo e do errado, do bem e do mal, da virtude e do vício. Em vez de fugir do pecado, muitos chegam a dizer que não existe pecado. Não sei se antigamente se pecava menos que hoje, mas agora estamos naquela situação de subversão de todos os valores da qual falava o filósofo Nietsche. O mal é tido como coisa boa. O bem é questionado. Tentando justificar tudo que querem fazer, muitos desprezam exigências morais como coisa de moralismo antiquado. Dizem que a juventude de hoje está em outra, e que a Igreja deve apoiar novos valores.

Tudo isso não é novidade. O profeta Isaias já fez um alerta: Ai dos que dizem que é bom aquilo que é mau e dizem que é mau aquilo que é bom. (Is 5,20)

A confusão de valores neste século pode ajudar a entender o significado da primeira tentação que começa semeando desconfiança diante das proibições: Sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal. A tentação cada vez mais presente no mundo de hoje é essa mesma: Não aceitar que Deus nos indique o caminho a seguir, não querer obedecer aos mandamentos de Deus.

Para quem não crê na revelação divina na Bíblia, desobedecer não é problema. Se Deus não existe, tudo é permitido. Tudo que não for proibido par leis feitas e impostas pela força de autoridades humanas. No entanto, como evitar que governos fortes ou minorias hedonistas e egoístas imponham leis injustas? Nem a declaração universal dos direitos humanos consegue evitar injustiças.

Aos que não reconhecem o valor dos mandamentos apresento essa pergunta para pensar: A vida nesta terra não seria muito melhor se todos procurassem viver de acordo com os ensinamentos do Evangelho?

Parábolas do Reino

Comparações com coisas da terra oferecem noções sobre os mistérios do céu.

A parábola da rede que apanha peixe de todo tipo nos fala sobre a importância decisiva da vida transitória na terra para o nosso futuro no céu. É comparação semelhante à parábola do trigo e do joio que crescem juntos até a colheita.

Tais parábolas me fazem lembrar a advertência de um pregador de sobre a figueira sem frutos do Evangelho: Ou figo na figueira, ou a figueira no fogo! Neste mundo vivem juntos bons e maus. A separação será no fim: O trigo para o celeiro, o joio para o fogo. Peixes bons acolhidos e peixes ruins jogados fora.

Os ensinamentos do Evangelho falam da necessidade de caminhar pela estrada exigente dos mandamentos de Deus. Para ninguém ficar na ilusão de imaginar um Deus “bonzinho” que carregue todos para o céu, mesmo quem não queira caminhar para subir. Não vejo sentido numa canção que diz assim: Mesmo que eu não queira, converte-me, Senhor. A não ser que tal cantor na realidade queira melhorar, mas saiba que para isso precisa da graça divina.

Outras parábolas também procuram explicar coisas do Reino de Deus. Aquela do tesouro escondido no campo e a outra da pérola preciosa tentam explicar que vale a pena deixar tudo mais para participar do Reino de Deus, que deve ser preferido a todos os tesouros deste mundo.

O fundamento da vida cristã é o amor. Amar a Deus acima de todas as coisas. Tal amor pressupõe um conhecimento de Deus pela Fe. Ninguém ama o que não conhece. Somente quem entende que o Reino de Deus é a pérola preciosa e o tesouro no campo que vale mais que todo dinheiro da terra pode amar a Deus acima de tudo.

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